Sorte? #16EP - Estreia da 2ª temporada
![]() |
Foto: Sextou com Platonyco, arquivo original, 2020. |
Sexta-feira, 13 de novembro de 2020.
Que loucura, né, começar uma temporada em plena sexta-feira, 13, que é um dia
que traz muitas superstições e histórias. Quem nunca assistiu a sequência de
filmes de terror protagonizada por Jason Voorhees, um serial killer que ataca
nessa mesma data não deve saber do que eu tô falando. Tá bom, mas não vou tão
longe assim: aquela chamada do programa Linha Direta ou o quadro do Lendas
Urbanas já deixou muita gente morrendo de medo de ir à cozinha no meio da
noite. Eu me pelava todo (e me pelo ainda) inclusive tenho várias histórias, no
mínimo estranhas pra contar, mas vamos deixar isso para um outro momento. Bom,
eu estava morrendo de saudade de vocês, das nossas conversas e nos próximos
dias a gente vai tá juntinho de novo. E é nesse clima de suspense e amorzinho
que eu declaro oficialmente aberta a nova temporada do Sextou com Platonyco.
E no episódio de hoje vamos falar sobre
sorte. Tá, você deve tá pensando... sorte num dia de azar, nossa que incoerente.
O que talvez você não saiba é que apesar de tantas coisas e acontecimentos associados
a essa data, indianos, estadunidenses e mexicanos interpretam ela com significado
completamente oposto ao que comumente é pregado por aí, associam o número treze
à felicidade e ao futuro próspero. E segundo a numerologia, a somatória dos
dígitos do número treze é um numeral próximo ao quatro, compreendido como um
forte indício de boa sorte. E você acredita na sorte?
Acha que ela interfere de alguma forma na sua vida?
Se você der um google, irá perceber que
vários são os significados atribuídos a essa palavra: força
invencível a que se atribuem o rumo e os diversos acontecimentos da vida;
destino, fado; modo como (algo ou alguém) termina; característica daquele que
frequentemente consegue o que quer, fortuna, felicidade; acaso ou coincidência
feliz; condição social, modo de viver, condição da existência e até quando
as coisas não dão tão certo é porque você foi vítima de uma categoria da sorte:
a má sorte. Enfim não dá para falar sobre tudo aqui, mas vocês compreenderam
que uma palavra que carrega tantos significados assim é no mínimo relevante
para muita gente. E por mais que muitos céticos, digam que tudo isso não passa
de uma grande bobagem acabam ficando sem explicação para combinações incomuns
de fatos do cotidiano. A verdade é que de alguma forma ou de outra, todo mundo
já se sentiu atravessando fases de sorte ou de azar nos mais variados aspectos
da vida.
Você que está aí me escutando agora,
deve tá pensando que faz um certo sentido acreditar nas possibilidades, nas
probabilidades, na sorte. Escuta só essas histórias reais como são
interessantes. Tsutomu Yamaguchi é a única pessoa que sobreviveu nos dois
ataques nucleares no Japão. Certo dia em uma viagem de negócios em Hiroshima ele
estava apenas a 3 quilômetros quando houve a explosão naquele lugar, mesmo
gravemente queimado, ele sobreviveu. Tá isso já seria uma considerado uma baita
sorte. Mas três dias depois, ele retornou ao seu local de trabalho em Nagasaki
e o que aconteceu? Isso mesmo, a segunda explosão. E ele sobreviveu.
Infelizmente o Tsutomu foi vencido pelo câncer mais de 50 anos depois, em 2010,
já aos 93 anos de idade.
Já com o Frane Selak, um professor de
música na Croácia, alguns julgam que foi por pura questão de sorte que ele sobreviveu
aos diversas acidentes em que esteve envolvido, mas literalmente o jogo virou e sete
anos depois a sorte bateu à sua porta e, aos 81 anos, ele ganhou cerca 3,5
milhões na loteria, isso depois de passar quase 40 anos sem apostar. É gente
nem tudo tem explicação científica.
Você já deve ter escutado numerosas histórias por aí, como
estas que mostram que a sorte é companheira de uns e inimigas de outros. Tantos
artistas chegaram ao estrelato por simples acasos, tantos outros continuam no
anonimato correndo atrás das oportunidades... Sim, oportunidades. Talvez é a
única coisa possível que explicaria o porquê de tanta gente que tem um vasto
currículo e talento estarem desempregadas. Às vezes a oportunidade, ou a sorte,
chega e se você bobear, ela escapa entre os seus dedos como areia.
Quem nunca quis ter a sorte de um grande amor, de ser amado,
de viver um relacionamento recíproco. Porra, que legal, né? Mesmo os corações
mais gélidos concordariam com isso, independentemente da pressão social que
recebemos para estar com alguém, todos queremos ser notados. Infelizmente nem
todos têm a mesma sorte e os que a têm, dificilmente dão valor. Mas são
questões e questões. Eu, por exemplo, já abri mão de muitas oportunidades, de
muitas sortes, achando que as encontraria mais à frente, ledo engano, né,
mores. Mas deixando claro que essa é a minha visão, meu ponto de vista e você
não precisa concordar comigo, mas eu acredito até nas amizades você é uma
pessoa de muita sorte quando tem alguém para compartilhar os teus momentos mais
felizes e os tristes também, né, eles são únicos. Nem todo mundo tá disposto a
abrir mão do tempo corrido que tem para parar pra te ouvir e te encorajar
quando o mundo inteiro diz que você é a pessoa mais sem sorte que já existiu.
Tem uma música muito legal que traz essa temática que eu
encaixo pra qualquer situação. Ela se chama Lucky, do Jason Mraz e da Colbie
Caillat, acho que você ja deve ouvido ela, até na versão do antigo forró do
muído com as cantoras Simone e Simaria. Eu vou ler um trecho da canção e depois
faço a tradução pra vocês. Diz mais ou menos assim: Do you hear me, I'm talking
to you, across the water, across the deep blue ocean, under the open sky, Oh
my, baby I'm trying. Você me ouve? Estou falando com você, através da água, através
do profundo oceano azul, sob o céu aberto. Oh meu amor, eu estou tentando. Lucky
I'm in love with my best friend, lucky to have been where I have been, Lucky to
be coming home again. Sortuda, estou apaixonada pelo meu melhor amigo, sortuda
por ter estado onde eu estive, sortuda de novamente voltar para casa... Lindo,
né? Sorte é uma via de mão dupla. O excesso dela é sinônimo de felicidade, a
falta dela nem tanto assim. Ao invés de se questionar a sorte que o vizinho tem
de ter a grama mais verde que a sua, aceite que tudo sem o seu tempo e que as
coisas acontecem quando e como tem que acontecer. E com essa música me despeço,
já te convidando para o nosso próximo encontro na sexta que vem. O sextou com
Platonyco faz parte da rede LGBTQIAP+ Podcasters e tá disponível nas principais
plataformas digitais. Cheiro.
______
Episódio anterior: Epílogo da 1ª temporada
______
![]() |
|
| |
Create your own signature |
Comentários
Postar um comentário