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Foto: Sextou com Platonyco, Yuri Jorge, 2020. |
Central do Cancelamento, boa noite! Com quem eu falo?
Samila: Oi bom dia, é a Samila.
Qual o motivo do contato, senhora?
Samila: Então, eu queria cancelar o meu vizinho ele chegou
por aqui muito gente boa falando com todo mundo, aquela atenção e tudo mais só
que o que ninguém imaginava é que ele ia fazer a própria Arca de Noé no quintal
dele porque este homem é o dia inteiro com uma obra. E bate na porta, e bate o
martelo, e bate uma furadeira, e é uma tal de uma makita, é o dia inteiro esse
bate-bate eu já não sei mais o que fazer, já bati de volta na parede para ver
se ele entende, já reclamei alto gritando em casa sozinha para ver se ele
compreendia que era com ele e até agora nada. Eu queria saber como é que eu
resolvo essa situação se é com vocês mesmo, se vocês vão resolver ou eu vou ter
que expor a pessoa ali no meu Instagram porque olha meus stories até
reage de vez em quando, porém a situação é essa aí mesmo tá bom? era só isso
obrigada.
Central do Cancelamento, boa noite! Com quem eu falo?
Felipe: Boa noite, com o Felipe. Então eu quero cancelar a
minha amiga pelo fato de ela ser bonita, ela é jovem ela é boazinha, ela é da
galera. ah vai para lá, quero cancelar ela.
Central do Cancelamento, boa noite! Como posso ajuda-lo?
Weslly: Oi boa noite aqui quem tá falando é Weslly e hoje eu
entrei em contato com a central para fazer o cancelamento do meu irmão. Então
ele se chama Wenderson e os motivos é que, além dele não gostar e criticar as
músicas que eu gosto, ele teve a coragem de sumir com meu carregador do celular
e também danificar o meu fone de ouvido. Eu gostaria de saber qual o
procedimento que deve ser realizada se vocês cancelam aí mesmo pela central ou
se eu devo expor ele nas minhas redes sociais.
Central do Cancelamento, boa noite! Por gentileza, me
confirme seu nome e a cidade de onde está falando.
Átila: Oi boa noite aqui quem tá falando é o Átila, sou do
Rio de Janeiro e o motivo da minha ligação porque eu queria fazer um cancelamento.
Queria cancelar o Matheus que vive o dia todo na internet fazendo coisa para o
pessoal não furar a quarentena, vive fazendo textão para o pessoal ficar em
casa, para o pessoal usar máscara, para o pessoal passar álcool em gel, evitar
aglomeração, mas quem é próximo dele sabe que ele tá furando a quarentena todo
o final de semana. Todo final de semana ele tá numa resenha diferente, tirando
foto com um monte de gente bebendo e eu queria cancelar ele pelo excesso de
militância, pela falta de coerência e queria que todo mundo desse ban nele
na internet porque ele não é merecedor, ele é falso, ele é um puro hipócrita do
c******. Então ele merece ser cancelado, eu já tô ****** já, eu ******.
Imagine que você está ouvindo esse podcast e alguém está te
cancelando porque no seu último storie você escreveu uma palavra equivocada,
com raízes preconceituosas que nem sabia ou a palavra em si talvez não tenha
significado algum, mas foi escrita de uma forma ortográfica e gramaticalmente
errada. Talvez você achou uma imagem bonita por aí nessa vasta web e resolveu compartilhar
porque achou a estética interessante sem se dar conta do passado obscuro
dela... Talvez nesse exato momento você voltou às suas redes para dar uma
conferida se tá tudo certo. É esse é o cenário em que nos encontramos hoje.
Temos receio de tudo e de todos. Com uma extensão a mais, o que antes era comum
no espaço virtual, hoje já vemos no nosso cotidiano real. E aí, você estaria
preparando para um cancelamento? No episódio de hoje eu convidei Isabelle
Myzmann, Psicóloga, Terapeuta Sexual e Pesquisadora de Gênero e Comunidade Lgbtqiap+,
Pós graduanda em Sexualidade Humana e Saúde Mental para falar sobre a cultura
do cancelamento.
Seja bem-vinda, Isabelle, que além de uma excelente
profissional é a minha amiga de alguns anos. Tô muito feliz da tua presença
aqui.
Isabelle Myzmann: Primeiramente eu quero agradecer pelo
convite maravilhoso do Platonyco, quero dizer que eu admiro esse homem demais e
que eu tenho a honra de chamar de amigo, apesar da gente não se ver tanto. Quero
também cumprimentar todo mundo que está nos ouvindo que tirou esse tempinho
para nos ouvir para conversar um pouquinho com a gente, que por mais que seja
um podcast eu acho que é sempre bom o diálogo e a gente deixa aberto aí para
quem tiver ouvindo depois quiser falar alguma coisa, é isso muito obrigada e
vamos lá!
Eu tenho te acompanhado nas redes sociais e tenho visto,
além da qualidade de tudo o que você produz, a sua preocupação em oferecer
assistência psicoterapeuta aos seus pacientes e eu diria seguidores também.
Como você tem se organizado pra dar conta de todas as demandas do seu trabalho
que eu acredito que nessa quarentena tenha aumentado, né.
Isabelle Myzmann: bom na quarentena eu tenho de fato
trabalhado muito, como eu sou psicoterapeuta eu costumo dizer que eu acho que
na quarentena que esse é o momento em que eu tô trabalhando mais, as pessoas
estão muito cansadas, muito adoecidas, são muitos transtornos. Na quarentena eu
tenho trabalhado bastante no módulo online, também voltei para módulo
presencial do processo psicoterapêutico e tenho estudado pra caramba, pra caramba
mesmo. Eu acho que não recomendo, meninos, mas é o que me mantém de pé. Eu
preciso ocupar meu tempo de alguma maneira, estudando, produzindo conteúdos
para o Instagram, atendendo os meus pacientes, fazendo as minhas pós-online.
Então é isso que eu tenho feito na quarentena, é isso que tem me mantido sã,
porque eu acho que se não fosse isso provavelmente eu também estaria como todo
mundo e às vezes dá quela surtadinha porque não é que a gente é psicóloga que a
gente está imune as dores do mundo, às vezes elas aparecem até de uma forma
maior na gente. E é isso eu tenho feito isso, tem sido proveitoso não tem sido
uma produção ritmo frenético, mas é o ritmo que eu gosto de certa forma e eu
pretendo manter também pós-quarentena.
Te conhecendo, eu sei que você não para mesmo. Mas Isabelle,
a gente sabe que a cultura do cancelamento não é algo que possui um marco
exato, mas que ficou bem evidente de uns anos pra cá, né.
Isabelle Myzmann: sobre a cultura do cancelamento, o nome
ele já é auto-explicativo, mas é importante falar do contexto histórico onde
ele surgiu. A cultura do cancelamento surge ali por volta de 2017 a partir do
movimento antiassédio de Hollywood que é o Me Too e as pessoas começaram
a cancelar, de fato, pessoas que precisavam ser canceladas que eram aqueles
homens que poderosos da indústria hollywoodiana dos filmes que realmente
assediavam, estupravam, abusavam de mulheres, de atrizes e a cultura do
cancelamento fala sobre riscar, sobre cancelar, sobre fazer perder o efeito de
alguém, de alguma marca, de alguma celebridade e o termo cultura tem a ver com
a massificação dessa palavra do cancelamento em si. E a gente vê que é muito
mais um movimento de redes sociais, a gente sabe que antes existia o fandom
que significa o amor, aquele amor extremo à alguma celebridade e agora nós
temos o antifandom ou o cancelamento que é aquele ódio que é cancelar, riscar
alguém do mapa. Então a cultura do cancelamento é basicamente isso: uma cultura
de massificação onde você cancela alguém, uma marca, uma celebridade, um
artista, faz com que aquele artista perca a notoriedade, perca o efeito você
risca ele da lista e de alguma forma isso se massificou principalmente na rede
social chamada Twitter e agora muito mais recentemente no Instagram.
Na tua opinião, essa cultura do cancelamento é necessária, é
benéfica, maléfica. O que você tem a dizer sobre isso?
Isabelle Myzmann: isso é até importante de ser falado, né,
porque não existem coisas apenas boas e coisas apenas ruins. Nós somos seres
humanos, a nossa natureza é boa e má, ela é positiva e negativa. Não existe
algo apenas benéfico, apenas feliz, então acontece a mesma coisa com a cultura
do cancelamento, ela não é apenas ruim, ela também pode ser boa assim como
também ela não é somente boa, ela também pode ser negativa, como? Vamos
explicar um pouquinho sobre isso. A cultura do cancelamento ela existe porque
em algum momento foi preciso riscar algumas pessoas do mapa social, o que é
isso? Riscar alguém do mapa social é fazer com que aquela pessoa desapareça,
perca o efeito, tirar aquela celebridade da mídia porque propaga ódio, porque
cometeu atos abusivos, tóxicos e, até mesmo criminosos, então nesse sentido o cancelamento
é maravilhoso, por quê? Porque se a gente for pensar no nível de militância e
até mesmo de causas sociais, de projetos sociais, de um mundo melhor, anti
homofóbico, anti-racista, anti-fascista, anti misógino, o quê que a gente pode
pensar? A gente pode pensar que cancelar essas pessoas que são machistas,
misóginas, homofóbicas, racistas, fascistas é bom, mas ao mesmo tempo isso pode
ser ruim, por quê? Por que nem todas as pessoas que estão sendo canceladas
tiveram comportamentos extremos. Algumas pessoas apenas simplesmente
desagradaram algum fandom, algum fã clube e aí as pessoas “vamos
cancelar, vamos tirar essa pessoa do mapa social” e por que isso é ruim? Porque
a gente não dá a possibilidade do diálogo, a gente não abre a discussão, a gente
vai lá e apenas risca a pessoa sem necessariamente essa pessoa ter cometido um
crime, ter cometido um ato misógino, homofóbico, racista. A gente simplesmente
vai lá e diz assim: “pronto, risca essa pessoa do mapa, essa pessoa não presta,
não quero mais saber, sai da mídia, volta pro mar oferenda”. E não é bem assim,
imagina, vou jogar aqui só uma isca: imagina se as pessoas vissem o que você
faz o dia inteiro, será se você ia ser cancelado ou não? Será que você é
perfeito? Será se você nunca deu motivo de cancelamento para alguém? Fica aí a
dica.
Ah mas com certeza eu seria cancelado, se eu já não fazendo
nada já sou quem dirá... Enfim. E num reality show onde você está sendo
monitorado 24 horas é quase que impossível de não ser julgado por não ter dado
bom dia em um dia em que de “bom” mesmo não tinha nada.
Isabelle Myzmann: E se a gente for parar para pensar nessa
questão de “será se eu iria ser cancelado? será se alguém que eu conheço seria
cancelado?”, a gente tem um exemplo recente do Big Brother Brasil que
foi aquela comoção nacional, inúmeras pessoas foram canceladas em um espaço de
tempo mínimo: uma semana, um personagem estava cancelado em outra semana o
outro participante estava cancelado, bastava falar alguma coisa
contra-hegemônica, uma coisa estranha diferente. E tudo bem é um reality
show, mas a gente sabe que não foi só no reality show.
Eu percebi que há uma recorrência ainda maior nos artistas
que estão em evidência no momento. Quando eu me referi ao fato de que a origem
do cancelamento não tem uma data exata, eu quis dizer que há muito tempo a
gente já vinha vendo esses cancelamentos. A Anitta é a recordista disso, desde
quando participou do programa Altas Horas quando a Pitty deu aquela lição sobre
liberdade sexual feminina pra ela, até nos bastidores dos seus shows como no
episódio da latinha e etc e ela sempre relembra esses momentos e faz uma
reflexão de que foi necessário no processo de amadurecimento dela enquanto
pessoa e artista. Ainda assim ela segue sendo cancelada e etc. Como você
explicaria o cancelamento dos artistas?
Todos eles foram cancelados e a gente se pergunta: “tá, os
artistas estão na notoriedade, na mídia
24 horas por dia, mas e aí, a gente que tá aqui em casa, eu mesma que estou
aqui conversando com meu amigo Platonyco, você que está nos ouvindo, será se
tivesse mídia, jornais, televisão, internet, se você estivesse no reality
show, imagina, você seria cancelado?” Eu acho que eu já teria sido
cancelada inúmeras vezes porque eu não sou perfeita, de vez em quando eu “solto
algumas assim... muito normal”, mas o importante é que a gente pense, reflita
sobre os nossos atos, sobre as nossas falhas. Somos seres humanos nem sempre
vamos acertar. A Anitta nem sempre vai ser a Anitta maravilhosa no palco, não ela
é uma pessoa, ela também comete erros. As nossas celebridades são pessoas, elas
não são deuses, eu creio que muito da cultura do cancelamento é justamente
porque nós mistificamos,, ou seja, tornamos as pessoas grandes mitos, nós deusificamos,
nós tornamos essas pessoas deuses quando elas são apenas seres humanos como nós.
E que alternativas à cultura do cancelamento você sugeriria?
Isabelle Myzmann: bom, essa é a parte que me cabe como psicóloga,
trazer alternativas, trazer versões, trazer possibilidades para essa cultura do
cancelamento. Eu acredito Platonyco que as alternativas, de fato, é se manter
aberto ao diálogo como eu sempre costumo falar para os meus pacientes, para
quem me segue no Instagram também, a conversa, o diálogo, estar aberto empaticamente
ao outro é o que nos leva a um outro patamar de humanidade e até posso dizer um
patamar mais elevado. Porque a gente está nesse momento numa sociedade em que
não se escuta o outro, massificou-se também essa história da gente “ah não
gostei, não quero ouvir, não quero argumentar, não quero saber, finjo que não
existe”. A cultura do cancelamento traz muito isso, fingir que não existe, cancelar,
riscar o outro da minha lista, mas a partir do momento que eu abro os meus
ouvidos para entender o outro, para ouvir o outro e até mesmo me colocando
nesse lugar porque como eu falei a gente é ser humano, nós somos seres humanos,
nós somos falhos, nós somos falíveis, não somos deuses, não somos mitos,
estamos o tempo todo errando. Se a gente for colocar uma medição de erros por
dia, todos nós seremos cancelados, todos nós estaremos completamente errados
porque ninguém é perfeito e que bom por isso. É justamente por não sermos
perfeitos que podemos aprender com os nossos erros e se podemos aprender com os
nossos erros, podemos abrir a possibilidade do outro repensar os seus erros. O
problema do cancelamento é justamente esse: não dar ao outro a permissão da
réplica e se desculpar e não apenas com palavras, com atitudes. Cancelar o
outro é cancelar a possibilidade eterna no outro de se redimir e eu tenho
certeza que se você fosse julgado por alguma coisa que você fez um dia na sua
vida, se você fosse julgado eternamente você não ia gostar.
Isabelle Myzmann: então a alternativa é sempre um olhar
empático, abrir possibilidade de diálogo, de conversa, de ouvir o outro, de
escutar o que ele tem a dizer que pode ser que sim, ele tenha errado, mas sim, ele
também pode mudar. Somos seres humanos, somos falíveis, mas podemos mudar,
podemos melhorar, podemos evoluir.
Que ótimo! Informação é TUDO. Você poderia indicar livros,
filmes ou séries que possam esclarecer ainda mais para os nossos ouvintes o
tema do episódio de hoje?
Isabelle Myzmann: Ai que gostoso! A parte mais gostosa, as
indicações de livros, de filmes, de livro, eu adoro isso! Então eu acho que
fica aí para gente se inteirar, para a gente começar a pensar sobre isso um
livro muito bom que é A Pedagogia Do Oprimido, Paulo Freire. Nesse livro
ele fala que o sonho do oprimido é ser opressor, então a gente pode ver muito
isso na cultura do cancelamento. A gente como a gente é oprimido o tempo todo
na nossa sociedade a fazer coisas, a ser sempre certa ou politicamente correto
ou mesmo a ser tradicional, conservador, o nosso sonho quando a gente tem
oportunidade é oprimir esse outro, é cortar a fala dele, cortar, tirar o
direito dele se redimir. Então fica aí a dica de livro A Pedagogia Do
Oprimido, Paulo Freire, maravilhoso educador. Também Black Mirror, gente
vamos assistir a série Black Mirror que eles já previram a cultura do
cancelamento há muito tempo antes da gente imaginar que existiria a cultura do
cancelamento, acho que vocês se lembram daquele episódio onde a mulher tem que
ter vários likes, tem que ter um score, um número que ela tem que
atingir para ser super popular só que aquele número vai caindo conforme ela vai
fazendo coisas contrárias ao que aquela mídia pede, então ela vai sendo
cancelada aos poucos, ou seja, fica aí mais uma diquinha, Black Mirror. Assistam
Black Mirror, mal não vai fazer. Leiam A Pedagogia Do Oprimido, Paulo
Freire e é isso essas são as minhas indicações para vocês hoje, essas são
umas diquinhas bem básicas, mas eu tenho certeza que vocês vão entender muita
coisa das estruturas sociais assistindo a essa série e lendo esse livro.
Eu assisti a esse episódio. Ele se chama Queda Livre
e você pode encontra-lo na terceira temporada de Black Mirror, maravilhoso
mesmo, estrelado por Bryce Dallas e tá disponível na Netflix. Bom, como vocês
puderam ouvir, incialmente a cultura do cancelamento surge como um regulador de
comportamentos sociais e que dentro do movimento #MeToo além de denunciar os
casos abusivos fazia com que o opressor perdesse popularidades e etc o que foi
e é muito necessário. Mas o cancelamento como linchamento virtual sobre
práticas que julgamos certas ou erradas e que envolvem o intimo particular de
alguém imperfeito se torna uma arma potencialmente controladora da liberdade de
expressão. O indivíduo perde sua autonomia pelo medo pois na condição de
cancelado ele é julgado e sentenciado sem direito à defesa e nesse caso
precisamos rever nossas práticas afim de tornar a internet um ambiente
psicologicamente mais saudável para quem quer mostrar as suas verdades sem
temer a aprovação da maioria. Eu quero agradecer muito a tua participação
amiga!
Isabelle Myzmann: e antes de dar tchau queria mais uma vez
agradecer o convite do Platonyco, muito obrigada amigo. Realmente foi
maravilhoso bater esse papo com você, como sempre é dizer aqui para vocês que
estou muito feliz de ter conversado com vocês hoje. Obrigado a todos que estão
ouvindo que a gente tem a dizer, que a gente trouxe para vocês. Se vocês
precisarem de uma psicóloga, de uma psicoterapeuta, ou de uma terapeuta sexual,
podem me ligar no (98) 98230-2411 e eu vou estar super feliz em atender todos
vocês, se eu puder também. Muito obrigada e até a próxima.
Linda! A transcrição desse episódio está disponível em
platonyco.com. Gostou desse episódio? Compartilha! O Sextou com Platonyco faz
parte da rede #lgbtpodcasters. Acesse www.lgbtpodcasters.com.br. A gente se encontra na sexta que vem!
Aquele cheiro!
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